Fabiana Cozza dá voz ao repertório de Beth Carvalho em show que reforça o ofício do canto feminino no samba

  • 02/10/2025
(Foto: Reprodução)
Fabiana Cozza (à esquerda) canta o repertório de Beth Carvalho em show no Sesc Guarulhos (SP) Marcos Hermes / Reprodução capa de LP 'De pé no chão' (1978) / Montagem g1 ♫ ANÁLISE ♬ O show que Fabiana Cozza fará no Sesc Guarulhos (SP) no sábado e no domingo, 4 e 5 de outubro, carrega simbolismo especial. Trata-se de show em que a cantora paulistana aborda o repertório de Beth Carvalho (5 de maio de 1946 – 30 de abril de 2019). Beth foi intérprete referencial do samba do Rio de Janeiro (RJ), sobretudo nas décadas de 1970 e 1980, por ter aberto alas para toda a geração de compositores aglutinados na quadra do bloco Cacique de Ramos, bambas do quilate de Jorge Aragão e Zeca Pagodinho. Embora revelada em 1995, 30 anos após a entrada de Beth na cena carioca em 1965, Fabiana também é referência de intérprete no universo do samba de São Paulo (SP), mesmo sem ter exercido o papel desbravador e revolucionário da colega carioca. Tanto que a própria Beth de certa forma se viu em Fabiana quando conheceu a colega paulistana em início de carreira, exercendo o ofício de cantora em casas paulistanas de samba como Ó do Borogodó e o Traço de União. Cantoras são importantes no mundo do samba. São elas que dão vozes a bambas que muitas vezes têm o dom da composição, mas não são vocacionados para o canto e/ou para o estrelato, casos de José Franco Lattari (1952 – 2007), o Franco, e de Marquinho PQD (1959 – 2025), sambista falecido na segunda-feira, aos 66 anos. Nas duas apresentações que fará no Sesc Guarulhos sob direção musical do baixista Fi Maróstica, autor dos arranjos e integrante do quinteto que dividirá o palco com a cantora, Fabiana Cozza mostrará que conhece bem o repertório de Beth Carvalho. Haverá no roteiro alguns standards do repertório da intérprete carioca, como As rosas não falam (Cartola, 1976) e Folhas secas (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, 1973), mas também haverá as músicas conhecidas somente por estudiosos da discografia de Beth. Entre essas joias raras, Fabiana cantará Hora de chorar (Mano Décio da Viola e Jorginho Pessanha, 1973), Se é pecado sambar (Manoel Santana, 1950), Velhice da porta bandeira (Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro, 1973) – as três gravadas por Beth no álbum que marcou a conversão definitiva da artista ao samba, Canto por um novo dia (1973) – e Pedi ao céu (Almir Guineto e Luverci Ernesto, 1979). Enfim, Fabiana Cozza tem propriedade para dar voz a Beth Carvalho.

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2025/10/02/fabiana-cozza-da-voz-ao-repertorio-de-beth-carvalho-em-show-que-celebra-o-oficio-do-canto-feminino-no-samba.ghtml


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