Milton Nascimento disputa o Grammy 2025, já com status de divindade, por álbum de jazz com Esperanza Spalding

  • 09/11/2024
(Foto: Reprodução)
Longe de ser improvável, a vitória seria merecida para coroar a trajetória transcendental do artista. Capa do álbum ‘Milton + Esperanza’, de Milton Nascimento e Esperanza Spalding Divulgação ♫ ANÁLISE ♪ A rigor, uma indicação de Milton Nascimento ao Grammy Awards nem é considerada uma surpresa. Afinal, já em 1968, um ano após ter sido projetado nacionalmente no Brasil na plataforma de festival da canção, o artista gravou o álbum Courage para o mercado norte-americano. Seis anos depois, em 1974, Milton foi a Los Angeles (Califórnia, EUA) gravar álbum com o compositor e saxofonista norte-americano Wayne Shorter (1933 – 2023). Lançado em janeiro de 1975, o álbum Native dancer amplificou o alcance da música do cantor e compositor brasileiro ao redor do mundo, sobretudo no universo do jazz. É nesse universo que Milton foi indicado ontem, 8 de novembro, ao Grammy 2025. Lançado em 9 de agosto, o álbum Milton + Esperanza (2024) – gravado pelo artista com a cantora, compositora e contrabaixista norte-americana de jazz Esperanza Spalding – concorre ao prêmio de Melhor álbum de jazz com vocal. Em 1998, Milton já ganhou um Grammy na genérica categoria Melhor álbum de world music pelo disco Nascimento (1997), com a ressalva de que, música do mundo aos ouvidos norte-americanos, pode ser todo tipo de música de língua não inglesa que foge do padrão pop dos Estados Unidos. A indicação pelo álbum com Esperanza Spalding flagra Milton já com ar de divindade da música brasileira e mesmo fora do Brasil. Tanto que esse status de entidade da MPB foi recorrente em títulos de reportagens e críticas de Milton + Esperanza. Embora materialistas rejeitem a tese pela própria natureza, o álbum tem mesmo uma força espiritual que alavanca as novas abordagens de músicas como Morro velho (Milton Nascimento, 1967) e Saci (Guinga e Paulo César Pinheiro, 1993). Atualmente com 82 anos, festejados em 26 de outubro, Milton Nascimento tem sido visto como um avatar. Um ser transcendental como a obra que construiu, demolindo barreiras entre gêneros musicais. Sob o prisma musical, Milton é tanto da toada mineira quanto do jazz, como mostrou já em gravações como a de Portal da cor (Milton Nascimento e Ricardo Silveira), música que abre o álbum Encontros e despedidas (1985), título que dividiu águas na discografia do artista justamente pela maior proximidade com o jazz. Enfim, até por esse status de divindade alcançado por Milton Nascimento, mas também pela sonoridade exuberante de faixas Outubro (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1967), uma vitória do artista no Grammy 2025 pelo álbum Milton + Esperanza está longe de ser improvável. E seria merecida para coroar a trajetória gloriosa, singular e transcendental de Milton Nascimento no mundo da música. Milton Nascimento se despede dos palcos

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2024/11/09/milton-nascimento-disputa-o-grammy-2025-ja-com-status-de-divindade-por-album-de-jazz-com-esperanza-spalding.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Top 10

top1
1. Do desejo

Zeca Baleiro

top2
2. Do acaso

Alice Caymmi / Chico César

top3
3. Weird Fishes (Ao vivo no The Basement)

Radiohead

top4
4. La Prima Estate

Erlend Øye

top5
5. I'll Kill Her

Soko

top6
6. Sem Essa

Jards Macalé

top7
7. Amor e Fé

Hungria

top8
8. El Cuarto De Tula

Buena Vista Social Club

top9
9. Your Lady

Carla Bruni

top10
10. Nichts

Tagtraeumer


Anunciantes